O Plano Regional de Inovação do Algarve (PRIAlgarve) resultou de uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRAlgarve) e teve a responsabilidade de elaboração técnico-científica do CRIA.
A elaboração do PRIAlgarve ocorreu num período particularmente oportuno para a Região, sobretudo na perspetiva do seu posicionamento estratégico como território dotado de recursos e competências e com potencial competitivo.
A nível interno, a Região dispõe de um Plano Regional de Ordenamento do Território (PROTAL) aprovado recentemente, que atribui prioridade, em termos de orientações de ordenamento e de investimentos públicos estruturantes (infraestruturas, equipamentos, …), às lógicas de (re)qualificação do território e de modernização dos sistemas económicos. Paralelamente, e no quadro da programação das intervenções cofinanciadas pelos fundos estruturais para o período 2007-2013, a Região estabeleceu uma ambição que tem como finalidade afirmar o Algarve como uma das regiões mais desenvolvidas do País e da Europa, baseada numa economia dinâmica, diversificada e competitiva, qualificada pelo desenvolvimento sustentável de novas atividades e serviços avançados e ancorada na valorização do conhecimento e da inovação.
Acresce, ainda, a preparação do Programa Operacional do Algarve para vigorar no período 2007-2013. Este Documento, que preenche do lado dos instrumentos de financiamento o quadro de condições para a concretização de objetivos estratégicos e operacionais, reflete nas prioridades, entretanto enunciadas, um conjunto de opções/orientações fortemente centradas na inovação e na competitividade.
A nível externo, as regiões em geral, e os sistemas de inovação, em particular, vão estar sujeitos a duas tensões potencialmente enriquecedoras:
(i) as Novas Orientações Estratégicas da Política de Coesão e o relançamento da Estratégia de Lisboa, estruturam uma árvore de objetivos e de metas muito centradas na inovação e no conhecimento, como suportes da renovação dos fatores de competitividade, indispensável à melhoria dos índices de crescimento e emprego;
(ii) o processo de reestruturação em curso do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, reformula os recursos e as responsabilidades das Unidades de I&D e estimula as relações de parceria com o sistema económico.
Estes elementos de oportunidade evidenciam, por um lado, a necessidade de proceder a uma avaliação do potencial de Investigação e Desenvolvimento da Região, da procura de inovação por parte das atividades económicas regionais e dos modos de satisfação das suas necessidades científicas e tecnológicas, bem como das redes de cooperação existentes, p.e., nos domínios científicos de especialização da Universidade.
Na perspetiva de contribuir para a construção de respostas dinamicamente ajustadas à ambição/desígnio estratégico da Região importa, assim, conceber uma estratégia para criar e consolidar um Sistema Regional de Inovação que organize e atraia recursos e competências de excelência.