O marketing verde traduz-se no desenvolvimento de produtos e serviços que satisfaçam clientes que aspiram a qualidade, desempenho, preço acessível e conveniência, sem produzirem impactes negativos no ambiente. É uma abordagem pioneira na Europa no início dos anos 80 associada à identificação de produtos, bens, serviços e ações nocivos ao ambiente.
Hoje, a consciência ambiental, das pessoas e das empresas, é claramente maior do que então questionando-se, no quadro da sustentabilidade ambiental do planeta, se vale a pena o êxito de empresas, produtos e serviços que ameaçam as gerações vindouras e, portanto, que têm como custo os nossos filhos e netos (REEVES e KNELL, 2009). É por isso que os autores afirmam (ob.cit.) que “até mesmo os mais cruéis estão a chegar à conclusão de que o verde é o novo preto”. Ou seja, que uma ação ambientalmente (co-)orientada e o compromisso de todos com a sustentabilidade, em particular das empresas, trar-lhes-á fortes benefícios económico-financeiros. Neste sentido, o presidente-executivo de uma das maiores cadeias retalhistas dos EUA afirma que a “sustentabilidade será a maior oportunidade de negócios do século XXI” (ob. cit.).
É neste contexto que emerge a importância do marketing verde para as empresas. Recorrer a esta abordagem potenciar-lhes-á, definitivamente, a prazo, fortes vantagens competitivas e de afirmação no mercado, pois os consumidores são informados de que as suas preocupações ambientais são partilhadas por elas e que os produtos ou serviços que consomem têm acauteladas preocupações ambientais (NANDINI e DESPHANDE, 2011).